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30 dezembro 2009

Conto de Natal Boliviano - Protesto contra o tratamento da TAM

Depois de vinte dias viajando pela Bolívia, a saudade de casa ficou grande. Vimos nevasca, vulcões ativos, desertos de sal, estradas da morte, praias a três mil metros de altitude, cachoeiras, escadarias Incas e um presidente índio. E depois de tanto ver coisas novas, faltou aquilo que não se da conta, o nosso dia-a-dia, na nossa casa. A gente sabia que tudo ia acabar na volta mesmo, e se era para ser assim, que a volta significasse um encontro com a família, numa farta mesa de natal. Fechamos a mala, tomamos o último banho, entregamos a chave da habitación e fomos checar a passagem, dispostos a encontrar tudo certo e confirmado.

Levamos o maior dos sustos que tomamos na Bolívia ao ler o e-mail da companhia aérea brasileira, Transportes Aéreos Marília, A TAM. O e-mail dizia assim: “Estimados señores Joana Horta y Vinicius Morende, informamos que el vuelo TAM PZ710 del dia 25 de diciembre en el que ustedes tenían la reserva para el viaje de La Paz a Sao Paulo fue cancelado. Su reserva fue trasladada para el vuelo del dia 27 de diciembre con el siguiente detalle: Vuelo PZ 710 27 de diciembre Salida de La Paz a hrs 01:30 AM Llegada a Sao Paulo a hrs 08:15 AM Su presentación en aeropuerto de La Paz deberá ser a hrs 22:30 PM del dia 26 de diciembre. Agradecemos mucho por su comprensión.
TAM AIRLINES”

Não entendo como eles escrevem que agradecem nossa compreensão sem antes respondermos se compreendemos ou não. Eu quis chorar. E o Vi me dizia, vamos telefonar. E eu dizia, espera, vou pegar meu cartão TAM fidelidade, vai audar. Fomos até o telefone alugado, porque telefone público foi uma coisa que não encontrei na Bolívia, e discamos o 4000 e alguma coisa da TAM, no Brasil, porque o e-mail não apresentava nenhum telefone de contato na Bolívia.

Sem a menor pretensão de manter a calma, porque eu já estava a ponto de chorar, fui atendida por uma pessoa, depois de um tempo conversando com a máquina: fulana, bom dia, com quem eu falo? Perguntou a voz do outro lado da linha, que atendia a uma ligação por volta das 16h de Brasília, do dia 24 de dezembro de 2009. Me apresentei rapidamente e expliquei a situação. Disse que não tinha como ficar até dia 27, que não tinha dinheiro para isso. A primeira coisa que a atendente disse, que soou como um apito agudo em meus ouvidos foi: mas a TAM não opera La Paz. A segunda coisa foi, não encontro seu nome, nem localizo o seu número fidelidade.

Pronto, o pranto veio como as Cataratas do Iguaçu. Assim, quem assumiu a conversa foi o Vi. Ela pediu o número de reserva, que não tínhamos em mãos, e que entregamos quando a ligação já estava em quase 100 bolivianos. Mais algum tempo e... a ligação caiu! Que coisa rara nos atendimentos telefônicos, não?

Ligamos para a família, que com certeza se comoveria mais com nossa história do que a atendente da TAM e pedimos ajuda. Enquanto eles falavam do Brasil com a TAM, fomos na agência de turismo que ficava ao lado dos telefones e pedimos ajuda. Shirlei, como sempre atenciosa, ligou para a TAM Bolívia e nos confirmou o que tinha alertado antes de discar. O escritório estava fechado.

Assim, concluindo, a TAM cancelou nossa viagem de 4h até o Brasil, que sairia às 01h30 de La Paz e chegaria às 8h em São Paulo do dia 25. Quem enviou o cancelamento foi o escritório da Bolívia, às 10h. Ao meio dia, o escritório encerrou suas atividades e liberou os funcionário para celebrarem a festa de natal. Às 14h lemos o e-mail. Às 15h30 escutamos a atendente dizer que não localizava nossa compra e que a companhia não operava para La Paz.

Já a família, do Brasil, encontrou uma resposta. “O que podemos fazer é colocá-los num vôo de outra operadora, a LAM, que sai amanhã, às 10h de La Paz, faz uma escala técnica e chega em Santiago do Chile às 15h e de Santiago eles pegam a conexão às 19h para São Paulo, chegando às 23h50 do dia 25.”

Acreditando que assim teríamos ao menos 10 minutos do Natal em casa, aceitamos a proposta e nos colocamos a procurar hospedagem, pensando que aquele troco que economizamos e que ia garantir um mês menos apertado em casa tinha que pagar o dia a mais. Tudo bem, ainda tínhamos dinheiro. Melhor do que ficar sem teto. Imprimimos o boleto de nossas reservas no novo itinerário e acreditamos que tudo ia dar certo. Só achei acomodação na pousada que eu tinha jurado à recepcionista não voltar. Era um quarto triplo, mas juntamos duas camas e tentamos descansar. Às 6h da manhã o táxi do hotel passaria para nos pegar.

Às sete horas da manhã, com três horas de antecedência, chegamos ao aeroporto. O guichê da TAM e o ghichê da LAM estavam fechados. No balcão de informações soubemos que o da TAM só abriria daqui a três dias e o da LAN às oito menos quarto.

Esperamos, um pouco nas cadeiras e um pouco enfrente ao guichê e, às 8h20, assim que o atedimento teve início, fomos atendidos. O atendimento garantiu lugar na janelinha, mas nos pediu para voltarmos dali a trinta minutos porque não estava encontrando nossos bilhetes, somente as reservas.

Vinte minutos depois voltei ansiosa até a boca do guichê. A atendente falou comigo depois de atender duas pessoas e disse: hay um problema. La TAM ai hecho las reservas pero no ay emitido las pasagens y no podemos hablar com ellos. Estan cerrados por la navidade. Ustedes podem tentar hablar com ellos por Brasil. Nossostos estamos aguardando una respuesta.

Corre, procura um telefone. Público não tem. Tem um no andar de cima. Só um telefone, no aeroporto, que faz ligação internacional! Eu já estou chorando. O atendente diz ao Vi: Daqui do Brasil não podemos fazer nada. Vocês não vão embarcar nesse vôo. Eu choro e tento falar novamente com a atendente da LAN. Ela me diz que não pode fazer nada. E eu subo chorando até o telefone. O Vi ainda insiste com o atendente da TAM e eu choro de raiva.

Foi então que uma voz, com sotaque bem brasileiro, me perguntou o que estava acontecendo. Eu contei e ele me perguntou se eu já tinha ido até a polícia. Pensei, polícia, o que a polícia vai fazer por mim, uma turista brasileira aos choros no dia de natal. Que coisa clichê!

Como eu não tomei a iniciativa, ele, o Diego, brasileiro, 26 anos, jogador de futebol do La Paz Futbol Club, chamou dois policiais que estavam próximos, explicou o caso e pediu ajuda aos amigos brasileiros dele. Diego é que é amigo. Torço pelo La Paz enquanto ele estiver jogando lá!

A polícia levou o Vi, que estava mais calmo, mas não muito mais calmo do que eu,
até o escritório da LAN e me pediu pra ficar do lado de fora. O Diego ficou ali comigo, e me contou que a TAM fez a mesma coisa com sua mulher e sua filha, que estavam indo do Brasil até a Bolívia para passarem o Natal juntos.

Depois de dez minutos, o Vi saiu meio correndo, acompanhado pelos dois polícias muito solícitos que haviam sido acionados pelo Diego e me disse: vamos embarcar! Paga as taxas do aeroporto. Eu já tinha pagado quando comprei as passagens, mas naquela hora, os últimos cinqüenta dólares que tinham “sobrado” fariam a gente embarcar, então paguei sem nem lembrar que já tinha pagado para a TAM. Saímos correndo, passamos pela imigração boliviana, agradecendo a atenção da Polícia Federal e do jogador de futebol, anjo da guarda e amigo Diego e sim, embarcamos!

No avião, a caminho de Iquique, no Chile, o Vi me contou o diálogo do policial Boliviano com a atendente da LAN: eles tem que embarcar, estão com as passagens compradas, disse o policial. Não posso fazer nada se a TAM não confirmou a transferência. Aí, o policial conseguiu o celular do responsável do escritório da TAM, a atendente da LAN discou e disse que o número não existia. O policial discou o número do seu telefone e conseguiu! O responsável pela TAM pediu para liberar nosso embarque até Santiago. Lá, veríamos se a situação estaria regularizadas.

O almoço de natal foi numa churrascaria do aeroporto de Santiago do Chile, depois do check-in sem problemas. Doze horas de viagem para chegar até o Brasil. Talvez de trem tivéssemos chegado mais cedo. Mas tudo bem, agora estávamos indo. Desembarcamos às onze e pouco da noite e faltando um minuto para acabar o dia vinte e cinco encontramos com a mãe e o irmão do Vi, pro abraço de Natal.

TAM, foi emocionante, não? Mas eu dispensava tudo isso, inclusive o prejuízo de mais de 100 dólares que tivemos, por um dia a mais de estadia, 50 dólares de taxas que já havíamos pagado e um almoço natalino no aeroporto. Nem a decência de nos colocar em um hotel para esperarmos a passagem você nos deu. Tivemos que chamar a polícia para embarcar e deixar alguns presentes de natal no controle chileno, que não permite a entrada de alguns produtos.

E como chegamos muito bem, obrigada, mesmo sem vocês terem perguntado, vamos cobrar nossos direitos e avisar ao maior número de consumidores, que a sua passagem mais cara não garante serviço algum, como eu pensava sendo cliente fidelidade de verdade há alguns anos!

Feliz Natal atrasado para todos!

Que 2010 seja cheio de luz e paz!

A gente se vê!

24 dezembro 2009

A TAM desrespeita passageiros... Voe GOL

Sempre fui cliente da TAM, preferia pagar mais caro e voar sem "problemas". Mas vejam só que presentao de natal que ganhei hoje, com menos de 24h de antecedencia: Sinto muito, mas seu voo foi cancelado e tranferido para o dia 27 de dezembro.

Sem mais nenhuma informaçao, nem um telefone pra contato, vou ter que passar o natal em La Paz, sem reserva em hotel e longe da familia...

Sim, to triste por nao estar com a minha familia quando eu planejava e triste pelo desrespeito... sim... nunca mais voo com a TAM...

Outras Fotos

Pra quem tiver "curiosidades visuais", segue o link do Flickr do Vi com fotos da trip.

http://www.flickr.com/photos/42135702@N00/

Hasta!

Coroico e Villa Bella

Depois de descançar em La Paz, pegamos as bicicletas e fomos para Coroico pela estrada classificada como a mais perigosa do mundo. Hoje, aberta apenas para veículos pequenos, mas mesmo assim deve continuar sendo uma das estradas mais perigosas do mundo em funcionamento.

Nao sei explicar muito bem que propagando conseguiu me convencer a descer aquilo... Só sei que no caminho o mantra era "Já estou velha pra essas coisas". Tipo... o negócio é realmente muito perigoso. Uma pedrinha e plum... desfiladeiro e vida por montanha abaixo!!! Mas tudo bem... sobrevivemos!!!!!

Chegando em Coroico, tivemos a sorte de encontrar um lugar muito especial para ficar. Villa Bella, um restaurante vegetariano, com um chalé no fundo, muito lindo, onde pudemos nos sentir um pouco mais em casa, ou um pouco mais no Vale do Capao!

Passamos cinco noites por lá, preparando o espírito para o retorno ao Brasil. Caminhadas, cachoeiras, um pouco de meditaçao, comidinhas naturais, sorvetes artesanais... essas coisas que sao de de férias mesmo!

Essas três semanas na Bolívia foram incrivelmente densas e fantásticas. Sair do Brasil e conhecer a realidade de nossos hermanos é entender melhor a nossa própria realidade histórica. As relaçoes de exploraçao, expropriaçao, guerras, cobiça e as relaçoes de camaradagem, irmandade e respeito também.

A altitude e a grandiosidade das paisagens e da história da bolivia me abriram a mente para muitas coisas. Tudo, tudo foi inesperado, fantástico e feliz!

"Gracias a la Vida, que me ha dado tanto", pude conhecer esta realidade, e recomendo a todos!

Hasta Luego!

17 dezembro 2009

Barquinho de papel, meu amigo fiel...

Sete dias se passaram e muitas, muitas águas rolaram! Nao escrevi antes porque estive passeando por um mina em busca de prata, por um deserto de sal e outro de areia e depois fui descancar da soleira na moleira em uma ilha encantada!

Sim, os últimos dias, como todos os dias na Bolívia, foram incríveis.

Um pouco receosos, decidimos fazer o role nas minas de Potosi. Caminhamos uns bons metros abaixo da terra e entramos em contato com a realidade dos mineiros bolivianos, que nao mudou nada nos últimos cem anos. Para nao dizer que nao mudou, hoje falta prata, antes sobrava. Potosi é a cidade mais alta do mundo e também já foi a mais rica. Hoje, sobra a pobreza, como em todas as cidades da Bolívia. No comeco me senti ridicula fazendo turismo com condicoes de trabalho miseraveis. Mas agora ja vejo alguma luz para essa coisa louca... Depois eu posto fotos e me adenso no assunto...

Saido de lá, fomos para o Uyuni, onde pegamos um 4x4 para atravessar o deserto de Sal, depois o deserto de Siloli, Depois o Deserto de Dali, até chegar na fronteira com o Chile em Sao Pedro do Atacama. As paisagens sao simplesmente deslumbrantes. O Role de tres dias custa quase 150 dolares, com a melhor das agencias, e atrai gente com grana, para um turismo muuuuito exploratório. Da pròxima vez, trago os amigos e evito a loucura de seguir em um comboio de gringos, por lugares paradisiacos, onde nenhum boliviano vai. Valeu muito a pena, mesmo, mas pra gente cricri que nem eu, com as questoes sociais, serviu muito para pensar em como os bolivianos se deixam explorar...

Saindo de lá, pegamos um bus... putz... fodaaaaaa.... doze horas de tortura, cheguei em La Paz moída e fomos direto pra Copacabana...

COPACABANA... já lembrava minha mae... desa que te besa boquita de ceresa...

Lindo, o que é o Lago Titicaca!!!! Ficamos em um pousadinha, com uma vista 180 graus de janelas de vidro, para o lago Titicaca e a Cordilheira Real, na Ilha do Sol. Depois de 4 dias dentro de um carro, atravessando desertos, nada como descancar na ilha do Sol, onde surgiram os primeiros Incas, um deles, Manco Kapac. Foi ele quem recebeu dos Deuses a sabedoria para o plantio, que mudou totalmente a condicao do povo andino, há 3 mil anos. Até hoje o sistema é utilizado e é realmente genial. Viva Manco Kapac! Bom, isso é só um resuminho, pra familia nao ficar com saudade.

Na saída de Copacabana, enquanto esperávamos o Bus atravessar o lago em uma balsa muito roots, lembrei de uma musiquinha da infancia que me emocinou...

¨Barquito de papel, mi amigo fiel, llevame a navegar por el ancho mar, yo quiero conocer amigos de aqui y de alla, y atodos llevar mi flor de amistad¨ Sabe Deus como guardo essas coisas na cabeca, sei que vem lá de Cuba... faz tempo...

Depois coloco fotos e tudho mais!!! Vous descancar que amanha vou pra Coroico fazer a estrada da morte de BIKE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! uhuhuhuhuhu

Besos

10 dezembro 2009

Eu nao sabia...



Na pousada que dormi em Sucre, me deparei com essa placa... No quarto ao lado do meu! A Bolìvia é história em cada esquina...

Mas, de tudo que a Bolivia pode dar a um visitante, o que mais me tocou em uma semana de viagem foi o contato com a minha própria realidade. Olhando as paisagens, tendo contato com as pessoas e com as coisas daqui, me dei conta de que a exploraçao de uma naçao sobre outra pode ser muito mais cruel do que eu imaginava.

Sou brasileira. Desde criança aprendi que o Brasil fora uma colonia de exploraçao e que por isso eramos subdesenvolvidos em relaçao as naçoes europeias e à América do Norte. A minha realidade, classe média, paulistana, é, com certeza, melhor do que a realidade economica das populaçoes do interior do país. Entao, eu tomava essa populaçao como parametro de pobreza e exploraçao.

A compraçao que faço aqui é La Paz está para Feira de Santana, assim como Sucre está para Irecê. As duas cidades bolivianas que citei sao as capitais do paìs, e as maiores também, enquanto as duas cidades brasileiras que citei sao cidades do interior da bahia, com bem pouca infra estrutura se comparado a Brasilia, SP ou RJ, ou MG, ou qualquer capital.

É, o Brasil é muito mais rico do que eu imaginava... Eu nao sabia.

Em contrapartida, vejo aqui como o brasileiro sofre de falta de identidade nacional. Os bolivianos tem traços e uma fisionomia que os distinguem de qualquer extrangeiro. Nos questionamos se algum de nossos amigos brasileiros pasariam batido pelos bolivianos e a resposta foi... acho que nao... Mas a coisa vai além disso. Desde os habitos como hora do almoço, roupas, até a preservaçao de idiomas como o Quéchua.

Sim, tem muita troca pra se fazer aqui, mas sem exploraçao...Se nao nao adianta! e Sigo viagem...

09 dezembro 2009

Perto do céu - Chacaltaya


Há pouco menos de duas horas de La Paz pode-se chegar, facilmente, mais perto do céu.
A estaçao de esqui mais alta do mundo está fechada por causa do aquecimento global e, consequentemente, pela reduçao no volume da neve.

Mesmo assim, o lugar é lindo e fomos premiados por trinta minutos de neve, que caíram durante a subida ao cume da montanha, que nos deixou a 5.500 m acima do nível do mar. Difícil respirar, casa passo um esforço maior, mas, com certeza, foi uma das melhores coisas que fiz na minha vida!

Continuo dizendo, a Bolívia é linda!

07 dezembro 2009

Evo de novo! Por uma AL socialista


Evo Morales ganhou as eleicoes, com 63% dos votos e o segundo mandato de cinco anos para governar a Bolivia. Em seu discurso de posse, um momento historico para os bolivianos e para a America Latina, Evo afirmou que governa pelas demandas dos movimentos sociais e chamou os intectuais e empresarios para colaborarem nessa nova etapa.

Na praca do governo, muitos bolivianos festejaram, gritaram pelo socialismo e pediram por Evo Morales ´ EVO DE NUEVO!

Fiquei emocionada por participar e por ver que os trabalhadores seguem no comando da America Latina. Por mais que a imprensa tente denegrir a imagem dos governos trabalhadores, ja nao ha mais volta. O povo esta unido, os trabalhadores nao vao mais se submeter a escravidao imposta pelo imperialismo tao facilmente.

04 dezembro 2009

A Bolívia é linda




Um dia de Bolívia, nem 24h, e muitas, muitas supresas. Até a Rogéria nós encontramos no restaurante.

La Paz é uma cidade linda. Assusta um pouco no começo. O trânsito é caótico, charangas se misturam com jeeps do ano e parece que aqui nao existe carro popular - nem til.

Estou hospedada em um hostel bem bacana, no centro da cidade, o que facilita a locomoçao e nos deixa bem perto da realidade de qualquer centro urbano do terceiro mundo - bagunça, poluiçao, pobreza.

Mesmo assim, La Paz é linda! Encravada entre montanhas de argila esculpidas ao longo de milênios pelas chuvas e entre imponentes montanhas de gelo, a cidade abriga um povo simples, que tenta viver do artesanato criado com o que a terra daqui pode oferecer.

Muito perto da cidade, pegando um daqueles ônibus-charanga, por 2 Bs, menos de R$1 é possìvel chegar ao Valle De La Luna. Boa pedida para o primeiro dia, pra chegar de vagar. Depois uma passadinha na Plaza San Francisco.

As eleiçoes estao chegando e estou tentando apurar ao máximo o que está rolando. Sei que fomos recebidos por caminhoes militares, na saida do aeroporto, e o clima entre o bolivianos parece de angústia. Com quem conversei, o que se fala é que Evo Morales vai mesmo ganhar, mas que náo fez um bom governo. é o que se diz na cidade e a maioria de seus eleitores está no campo.

E agora, o que fazer na Bolívia? Você verá nos próximos dias!
Esse foi só o primeiro dia!

03 dezembro 2009

De malas prontas para La Paz

Daqui a pouco saio da minha casinha em Sampa e me vou pra La Paz com meu companheiro e amor da minha vida - o Vi.

O coração tá batendo forte e aquela dor de barriga tradicional está me rondando. Depois de dar alguns rolês pelo Brasil, chegou a hora de começar a desbravar a América Latina.

Primeira parada La Paz, a capital mais alta do mundo, com direito a uma sala de oxigênio no hostel. Depois, a gente segue pras cidades históricas de Sucre e Potosi, pro deserto de Sal e depois de mais alguns dias, Atacama, no Chile.

O mundo parece que resolveu cair, a chuva tá muito forte, o que aumenta um pouco a insegurança de sair do seguro para o desconhecido, mas é isso aí!

Em breve, notícias da Bolívia, dos bolivianos e de nós. Fiquem na paz!