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22 janeiro 2010

Enquanto isso... no México!

Por Daniel Morende

Mesmo sendo 10 horas da noite e um calor danado la fora, não posso deixar de contar o que aconteceu nos últimos 3 dias. Ainda em Tulum tive a ideia de alugarmos um carro depois de acordarmos tarde para ir a uma ruína chamada Coba. Fui dirigindo até lá com 3 chicas argentinas e mais o Pedro. Encontramos a ruína Maia mais alta da peninsula de Yucatan. Lá no alto me deparei com algumas pessoas vestindo camisetas com algumas palavras em português. Era uma excursão de 80 brasileiros, bem no cume da pirâmide. Depois fomos a uma caverna animal, com estalactites e água cristalina e também um trampolim de 10 metros de altura.

O Pedro havia falado alguns dias atrás em fazer o curso de mergulho, mas não dei muita bola porque já havia feito a teoria no Brasil. Mas quando me falou o preço, tive topar na hora! Todo o curso, com teoria e 6 mergulhos é mais barato que 4 mergulhos no Brasil. Escolhemos ainda fazer em ilha Cozumel, um dos melhores pontos de mergulho do mar Caribenho. Então, à noite, pegamos a minivan e partimos de volta para dormir em playa de Carmem e dia seguinte ir para lá.

Aí, aconteceu uma das coisas que nunca mais me esqueco... Ao entrarmos na van, um mexicano que trabalhava na praia em Tulum, estava tomando uma breja ao meu lado. Como muitos, me ofereceu a erva e continou conversando. Depois de uns minutos, ouvi um barulho de água caindo no chão e quando olhei para o lado o tava com a piroca pra fora mijando pra frente. Na hora falei pra ele parar porque além de ser falta de respeito com os outros, ia molhar nossas malas que estavam na frente. Além de não parar, colocava o dedo na boca pedindo para nao falar pra ninguém. O problema é que o Marcos tava na frente do cara e respingou na perna dele. O cara ficou puto e ao chegar na praia, contamos ao motorista e nao deixamos o cara sair sa van. Nisso, passou um carro de polícia na nossa frente. Saí correndo atrás do carro, alcancei, contei a história toda. Algemaram o cara, colocaram no chiqueiro e o levaram. Nosso papel tava feito para que aprendesse a licão.

Saimos a noite e hoje chegamos em Cozumel de ferry boat. Fizemos a aula teórica na areia da praia e já mergulhamos a 7 metros. Saímos da praia mesmo. Sem palavras... Após o mergulho, fomos comer em uma pizzaria e havia um Cara tocando na praca em frente. Havia umas 80 pessoas em volta quando comecou a tocar Jobim. O Pedro, discreto que e, disse na hora que eu era. O cantor entao soltou umas palavras em Portugues, respondi e mandou mais 2 bossas.

Espero que estejam gostando dos meuse contos. Daqui a 3 dias pego meu voo e viajo a Cuba. Nao lembro se falei mas os 2 também decidiram vir comigo.
Beijos!

21 janeiro 2010

O trânsito de hoje e o voto de amanhã

O trânsito que enfrentamos hoje não é culpa de São Pedro, como diz a manchete “Temporal causou transtornos na capital paulista". Como se a natureza fosse a culpada e não a nossa ignorância. Algumas pessoas podem ficar cegas a esse fato, mas os verdadeiros culpados somos nós, através de nossos votos. Nossos administradores estão mais preocupados em terminar obras de melhoria das cidades e do estado daqui a pouco, quando estivermos mais próximos da eleição. Ah!!!! Sim, aparentemente eles fazem, mas fazem de um jeito que simplesmente “#%@#” com a vida da gente! Fazem pra ganhar a eleição e não por responsabilidade social. Fazem porque lhes convém, do contrário não fariam!

Soube, por uma pessoa do Ministério Público, que o Sr. Serra vai atrasar algumas obras para fazer o milagre do “São Paulo anda”, o milagre do “acabei com o trânsito”. O Sr. Serra está segurando obras para poder inaugurar em um calendário mais eleitoral! Enquanto isso, pessoas morrem porque a ambulância não consegue chegar a tempo ao hospital, pessoas perdem o emprego porque chegaram atrasadas, empresas deixam de fechar negócios porque a logística não funciona...

Sim, não vale a pena inaugurar nada agora, então segura mais um pouco, inventa de colocar umas plaquinhas a mais, fazer uma pintura de moldura, sei lá, segura!
Mas antes das eleições, tomem isso, tomem aquilo... E como nossa memória seletiva apaga coisas ruins, esquecemos as milhares de horas gastas nos ônibus e nos carros e dizemos... nossa, essa obra é fantástica, esse cara é o cara, ele Fez um milagre! São Paulo anda!

Eu não vou esquecer, na hora que eles tentarem me convencer disso, vou lembrar das milhares de horas no trânsito, vou lembrar que eles geraram um problema pra depois dizer que resolveram como num passe de mágica...
Vou lembrar que o Rodoanel caiu, que uma cratera se abriu na linha 4 do metrô, que pessoas perderam seus empregos para o trânsito da cidade. Vou lembrar que essa mágica é uma tática eleitoral muito maldosa.

20 janeiro 2010

Rap do Boris Casoy

Faço das palavras do rapper Garnett as minhas!

Isso é uma Vergonha
Ficha Técnica -
Direção: Maia Imagens
Voz e letra: Garnett
Selo: Pegada de Gigante
Assistência/Criação: Robson Ribeiro, Evelyn Albuquerque, Douglas Campolim, Marcos Maia e Daniel Olmedo

Se não abrir:clique aqui

19 janeiro 2010

Tulum! México

Por Daniel Morende

Buenos dias! No último disse que não sabia como era a consciência sobre o impacto do turismo por aqui e adivinhem... A Playa del Carmem, onde estávamos, está sofrendo uma reforma justamente agora em toda sua orla, para recomposição da praia. Acontece que construíram prédios tão próximos do mar que a praia esta sumindo. Ou seja, contrataram uns navios espanhóis para tirar areia do fundo e colocar mais próximo da praia. Muitos dizem que fizeram a mesma coisa em Cancun, não deu certo e muito dinheiro dos contratos foi desviado.

Em um dos dias nessa praia, pegamos um ferry boat à Isla Cozumel, muito conhecida por mergulhadores, com corais e etc. Ao chegar lá, fizemos um tour de uns 60 dólares. Nos levaram a alguns pontos de mergulho e a uma praia com tudo incluso. Foi a coisa mais cara que paguei até então. Foi muito bom, o dia estava bonito, estávamos "con las mas hermosas chicas de Argentina" e tudo mais. Não havíamos reservado o hotel para continuar lá e então tivemos que ir pra outro. Como éramos três, as 8 da noite, ficamos em um quarto com 16 outros marmanjos. A noite saímos, conhecemos outras argentinas e decidimos ir com elas no próximo dia para outro lugar. Voltamos entao eu, Pedro e Marcos (na verdade e Peter e Mark mas estou os chamando assim pra se adaptarem melhor), um pouco o caminho e agora estamos em Tulum. E uma viagem de 40 minutos em uma lotação para Sul de Playa del Carmem, lembrando que Cancun e para o lado oposto, onde estarei daqui a 6 dias. Um detalhe: derrubei um pouco de vinho na minha calca branca e ficou na lavanderia por uns 3 dias, com todas as roupas do outro cara. Tentamos pegar, mas era domingo e o lugar estava fechado. Entao fomos sem as roupas mesmo...

Mar caribenho verde verde, areia branca. No primeiro dia não fizemos muita coisa porque chegamos no meio do dia. Apenas fomos a umas cavernas com umas bicicletas que o próprio albergue oferece de graça. Isso porque estamos no meio de uma rodovia longe da cidade, é um lugar bom para ir para os pontos com naturaleza. Há incrivelmente muitas coisas ao redor, como as tais cavernas, algumas ruínas beirando o mar e também pontos de mergulho. Ontem fomos a uma praia, ha 10 minutos daqui, com os snorkles emprestados pelo albergue. Além da praia ser coisa de louco, tive a primeira experiência de nadar com tartarugas gigantes, de 1 metro e meio ao meu lado. Não sabia que não podia tocar e ainda tive esse prazer. Como disse, é mais fácil conseguir uma desculpa do que uma permissão, até porque não podíamos nadar neste lugar.

A noite fomos a um quiosque gigante que rolava salsa ao vivo, aulas com professores, etc. Ali conheci um cubano muito sangue bom. Seu nome e Leo Pestana, é de Santiago (Cuba) e quando disse que era brasileiro, encheu os olhos. Disse que já tinha tocado piano junto com o Milton e Djavan. Além de conversarmos também um pouco sobre Cuba, nos divertimos enchendo o saco das argentinas.

Playa del Carmen - México

Por Daniel Morende - 14-01

Hola, de Playa del Carmen ahora. Na verdade me precipitei um pouco na viagem, e ja estou neste lugar. Alguns KM abaixo de Cancun. Liguei agora para a mae para saber se ha algum risco de reflexo da tragedia do Haiti. Deu uma baqueada na viagem, muito triste, ainda mais sabendo que ha muitos brasileiros na missao de paz.

Bom, contando um pouco daqui. A ultima vez estava em Puerto Escondido. Por la encontramos umas argentinas, alias varias... Mas as que mais nos aproximaram foram 5. O que aconteceu e que estamos acompanhando elas ate agora. Apos tirar umas fotos do lindo por do Sol de PE, rumamos de madrugada em uma viagem de 9 horas / 400 Km para San Cristobal. Pequena, meio monotona e fria. Mas como as pessoas fazem o lugar, aproveitamos muito tambem. E uma pena que conhecemos tantas pessoas boas e temos que nos despedir em seguida. Mesmo assim, as hermanas nos convenceu (nao foi nada dificil) depois de 2 dias la fazer um tour com sentido a Palenque, meca das ruinas Maias. Para nossa surpresa, como nao entendemos direito o xiado delas (che, cha, cho, chuchu... so choana mesmo), nos deparamos com uma algumas surpresas no tour. Umas das paradas e chamado de Agua Azul, onde ha rumores que o filme lagoa azul foi gravado (acho que e verdade). Petaculo, cascatas de agua meio a uma vegetacao densa. Pena que aqui e tao turistico que em todos os lugares eles colocam caminhos ao longo do rio para tirar fotos etc, muitas vezes de cimento. Almocamos, e a proxima parada foi uma coisa de outro mundo. Provavel a mais bonita cachoeira que vi em minha vida. Alem de fotos, filmei por tras da cachoeira (um video agora por um caminho de pedras), para mostrar um pouco do sentimento que a forca que a natureza nos proporciona.

Apos sairmos energizados destas paradas, sem termos alguma expectativa, fomos as ruinas em Palenque. E provavel que este foi o melhor dia de viagem porque, tambem e emocionante. Mesmo sabendo que muito dos edificios Maias foram recuperados, nao ha como nao imaginar como era no passado. As pessoas andando, trabalhando, fazendo cultos etc... Pudemos desta vez entrar por dentro de uma das ruinas, a unica. Arquitetura perfeita, todo o jogo de luzes, iluminado a tarde e escuro a noite, sistema de drenagem (coisa que so apareceu em Roma em 1000 DC). O inicio da construcao das ruinas se dao em geral no inicio do primeiro seculo DC e as maiores demoraram ate 700 anos para serem completamente construidas. Na saida atrasamos por 10 minutos a volta, e o motorista ja estava saindo. Cheguei primeiro com o canadense e pedi que esperasse. Ele queria ir embora e entao vi os 2 (contando com a Lily, uma menina) que faltavam a uns 100 metros. Pedi que esperasse e comecou a andar com o carro, mesmo assim deixei a porta aberta e continuei a chamar os outros. Depois de terem corrido e alcancado a van, tivemos que ouvir ainda: Vosotros tienem que aprender a respectar mejor los horarios. Nao tinhamos razao mas acho que faltou um pouco de flexibilidade. Se ele fosse embora com nossas malas nao sei o que iamos fazer. Ate porque nao ia deixar os 2 pra tras...

Depois disso tivemos que esperar por umas 4 horas na cidade de Palenque em um restaurante o onibus direto a Playa de Carmem. Uma viagem de 12 horas, de madrugada, para andar muito, nao sei ao certo. Pra mim foi uma viagem de 2 horas porque dormi o caminho inteiro. Estamos os 8 agora em um hotel bem simples mas muito confortavel, ha 3 quadras da praia, por 20 reais a diaria. Apesar de um pouco frio a infra-estrutura e incrivel. Posso ate comparar com a costa leste da Australia, com lojas, bares, restaurantes, etc. Nao querendo puxar o saco, e sem tambem julgar se e bom ou ruim, mas e fato. Nao connheci os programas de sustentabilidade que existem aqui, entao nao sei o impacto. Mas se tivessem um eficiente, com certeza e um moderno ponto turistico.

Ate logo, mucha paz e hasta la proxima cartita electronica.

Mais de Puerto Escondido

Por Daniel Morende - 10-01

Depois de 5 dias de sol de 30 graus na mais bela praia do Pacifico, Puerto Escondido, estou voltando para o frio seguindo o caminho ate Cancun, San Cristobal de las Casas. Tudo certo ate agora, sem nenhum problema. Muito bonito e tranquilo por aqui. So outro dia que tive que voltar sozinho do bar as 5 da manha e encontrei a porta do hostel fechada. Como nao sabia o que fazer, tive que pular o muro do recinto e entrar pela janela do quarto. Mas ate ai tudo bem.

Vou seguir viagem com mais 3 pessoas. Um canadense, um americano (apesar de ser de lá é um dos caras mais gente boa que ja conheci) e uma inglesa. Não tenho me planejado nada para viajar. Não tenho nem reservado os albergues. Vou pelo que vou ouvindo no caminho que e legal e vou comprando as passagens assim que decido. Mesmo assim, os caras tao mais perdidos que eu. O Canadense pra ter ideia, nem mala trouxe de casa. Comprou tudo aqui, so saiu com a roupa do corpo. Como tenho um pouco mais de nocao, convidei a todos para irem nesse lugar e vamos juntos agora.

Esses dias bati minha primeira bola, na praia, justamente com uns Argentinos. Inclusive encontramos varios aqui, mas todos gente boa. Mesmo assim mandei o Maradona e o raggatom que eles ouvem para aquele lugar. Acho que o México cada vez mais, pra quem não procura confusão, e um lugar bem seguro pra se viajar, boa infra-estrutura e tudo mais.

E isso, vou indo que ta muito calor la fora.

Puerto Escondido - México

Por Daniel Morende - 08-01

Bom, estava em Oaxaca antes de ontem e vou contar um pouco como foi Mitla. Pegamos um tour, meu primeiro, passando por varios lugares inclusive Mitla, onde viveu a sociedade Zapoteca, tambem muito moderna. Este lugar tem uma das ruinas mais originais de todo o Mexico sem nenhum tipo de restauracao. Onde fui antes, nas pirâmides, há lugares com 70 ou ate 80 porcento de restauracao. Essas ruinas datam de 200 DC e já existia estrutura, por exemplo, de drenagem, coisa que so foi aparecer nas construções europeias apos 1000 DC. Tudo isso foi explicado por um guia muito engraçado, parecia um desenho animado.

Depois de Mitla, fomos a uma cachoeira seca, mas muito assim muito bonita por que deixou nas pedras o mineral que existia na agua, ha mais de 100 anos atras. Mesmo assim no topo da cachoeira (da pra voce andar ate o ponto onde caia a agua), de dentro da pedra sai agua por um buraco. Somente esta fonte existe ainda e vem de um lencol 6 metros abaixo.

Dia seguinte peguei o busao para Puerto Escondido, onde estou agora. Mesmo pegando o melhor ônibus, foi uma viagem meio tensa. 10 horas para andar 250 km. Uma especie de estrada de Taubaté sem fim. Escolhi bem o primeiro lugar do busao, na frente. Porque queria ver a estrada. Depois de 1 hora encheu o saco e dormi. Entre aspas, porque acordava a cada 5 minutos com as buzinadas, freiadas para desviar de cavalos, tudo isso de camarote.

Agora to na praia, e nao penso em sair muito cedo. Estou em Puerto Escondido dentro de um bangalow de cara pra areia. Tudo isso por 20 reais o dia. O Sol ta rachando e a noite na frente do bangalow tem uma festa que rola noite dentro. Tava na praia ontem e tinha que pegar 50 pesos para ficar em uma das cadeiras na praia. Dai troquei ideia com o cara, falei que era brasileiro e tudo, troquei ideia sobre futebol e depois de um tempo ele liberou a cadeira hahaha. Tem umas lojas na orla de alguns brasileiros, vendendo biquinis menores que o de costume por aqui. Tentei achar alguns mas os caras tão todos passando férias no Brasil.

Esqueci de contar que ainda em Oaxaca, a recepcionista do hostel me chamou pra ir no cinema. Como ia ter que esperar muito tempo sem fazer nada, aceitei. Fomos ver o tal do Avatar num cinema bem novo e tudo mais. Nao preciso nem falar sobre o filme... Mas valeu pelos oculos 3D que eles davam na porta. Os efeitos hoje em dia estao bem melhores, mais realistas. Acho que daqui pra frente so vao ter filmes assim. Pelos menos os de Hollywood.

Oaxaca - México

Por Daniel Morende - 04-01

Estou agora em Oaxaca, uma das cidades que fez parte da revolucao Mexicana com Emiliano Zapata. Muito historica, lembrando muito Sao Luis Do Paraitinga. Tem ate uma oratoria no meio da praca. Estou com 2 irmaos australianos, 1 mina e um cara que conheci na cidade do Mexico.

O Mexico tem definitivamente, muitas criancas. Acho que nesse ponto o Brasil tem se desenvolvido mais. O salario minimo e de 150 dolares, metade que o nosso. Tanto que de mochileiro, a unica coisa que posso dizer que estou fazendo e ficar em albergue por que tenho so comido e bebido em restaurantes muito bons. Uma refeicao completa com cerveja e tudo mais custa 20 reais. A comida e parecida com a que a gente tem nos restaurante mexicanos mas com outro tipo de tempero. Tudo, tudo mesmo e comido com pimenta.

Esse ano e muito especial ao Mexico. Estao comerando 200 anos de independencia e 100 de revolucao. Oaxaca em 2006 teve uma grande manifestacao popular. Tudo comecou com uma reinvindicao dos professores por melhores salarios. A policia entao tentou parar mas logo muitas pessoas comecaram a reinvindicar por melhoras sociais, junto com a oposicao. A cidade ficou em pe de guerra o ano inteiro ate o governo federal mandar as tropas militares para a cidade e acabar com tudo. Para quem nao sabe (eu nao sabia) apos a revolucao, o Mexico ficou ate 2000, com o governo militar esquerdista. As primeiras diretas foram agora em 2001, e a direita ganhou com uma disputa muito grande nas eleicoes. Mesmo assim a populacao ainda e muito dividida, e existem focos de repressao ao neoliberalismo. A policia em si esta em toda a parte na cidade do Mexico, onde a seguranca no centro (so no centro) e grande. Mesmo assim sao muito corruptos. Um dos caras no hostel, um suico, foi roubado pela policia, por incrivel que pareca. Nem no Brasil...

Nas piramides, la perto da cidade do Mexico em Teotihuacan foi muito interessante. Muito bonito tudo, a representatividade historica, mas como tinham muitos turistas (muitos tambem mexicanos) parecia mais um parque do Ibirapuera em 1 de Janeiro, com piramides em volta. Nem deu pra sentir a energia do lugar. Acho que ainda o unico lugar que senti coisa parecida foi na Diamantina mesmo. Amanha vamos conhecer um povoado ao sudeste de Oaxaca chamado Mitla. Pacaremos por uma destilaria de Mescal, a boa tequila do Mexico.

Nem vou para Acapulco. Dizem que e cheio de gente. sujo, muita violencia. Nao representa o que é o pais, muito amistoso e cheio de cultura.

Vida de Mochileiro na AL - Notícias do México

Depois de reportar sobre a Bolívia, aproveito esse espaço pra contar algumas coisas sobre o México. Não tive a oportunidade de estar lá pessoalmente, mas o Daniel Morende, repórter especial enviado ao México para um casamento que não aconteceu, me manda notícias muito interessantes de lá, que eu gostaria de partilhar, aproveitem:

Dani, dei uma editada pra não te comprometer!!!!

Por Daniel Morende
Cheguei no Mexico muito bem. Voos no horário, comprei uma câmera nova no Panamá, tomei uma canserinha da imigração, tive que assistir o cachorro revistar todas as malas do voo, pisando em cima delas uma a uma, encontrei a Ana, filmei uns mariates em uma cantina do século passado , tomei umas tequilas onde os revolucionários iam para comemora com tiros no teto (tem as marcas) e passei o ano novo com minha única companhia, 2 francesas. Não é tradicional as pessoas saírem às ruas, passam geralmente coma famiia. Então voltei cedo e pela primeira vez passei um ano novo muy tranquilo. Mesmo com meu portunhol, não preciso usar inglês em lugar nenhum. E fácil de entender as pessoas e o hostel aqui e bem fora. to pensando em passar uns dias mais na cidade do Mexico e ir direto para acapulco.

Vale a pena contar sobre o segundo dia. Havia combinado com uma francesa para conhecer o parque central da cidade. Fomos a pé conversando. Um dia um pouco frio mas cheio de mexicanos na rua em função do dia do trabalho. Quando chegamos ao parque depois de uma caminhada de 1 hora pela avenida principal da cidade do Mexico, El paseo de lá reforma, um palhaço estava com uma galera de mais de 100 pessoas fazendo claro palhaçadas. Foi quando ele me viu e perguntou de onde era. Quando falei ele sem duvida falou "Un campesino"! Me perguntou: Te gusta las mexicanas? E claro, falei (isso no microfone). Dai eles nos colocou Pra sentar bem de trás dele. Viramos os jurados de um grupo de crianças que dançavam na frente de todos. Como no Brasil, as crianças dançam bem digamos requebradamente. Com a participação especial de um moleque de 3 anos com a mão no Peru. Depois de quase uma hora atras do palhaço, demos empate entre 2. Demos uma volta e quando estávamos indo embora, uma repórter do canal 3, me parou e perguntou se não queria dar um depoimento. Como meu espanhol ta mais pra Portugues, deixei pra francesa (ela estuda aqui a um tempo). Mesmo assim fiquei do lado dela pra aparecer na tela. A pergunta: "o que quer de melhor ao Mexico para 2010. Dai ela deu uma descabelada falando da melhora da segurança.
No hostel enquanto escrevia essa mensagem, uns australianos apareceram e acho que viu continuar viagem ao Sul com eles. Estou indo para as pirâmides de Teotihuacan, a cidade arqueologica onde tem as pirâmides astecas. To me sentindo em casa com meu parceiros campesinos.

13 janeiro 2010

Vende-se banana: de R$ 0,40 a R$ 5,40 o quilo

Ontem fui ao Pão de Açúcar, comprar alguma coisa para o jantar e para o café da manhã. Logo na entrada, me deparei com a frutaria e procurei pela banana. Encontrei a prata ao preço de cinco reais e alguns centavos o quilo. Mais de cinco reais o quilo!

No mesmo instante me lembrei da banana que vendiam os produtores de Mirorós. Há épocas em que toneladas de banana, da melhor qualidade, são vendidas a vinte centavos o quilo. Vinte centavos o quilo!

Um ganha vinte centavos e outro cinco reais pelo mesmo produto! Alguém poderia fazer essa conta pra mim? Quantos % a mais o supermercado cobra?

Quanta diferença. Se a mesma carga de quatro mil reais passou a valer então cinco vezes a mais, só porque saiu da roça, andou mil quilômetros e chegou no supermercado. O caminhão carregado ao máximo, é comprado do produtor por um preço médio de seis mil reais é vendido pelo Pão de Açúcar a trinta mil reais. Assim, o supermercado lucra 24 mil reais em um caminhão de banana, só porque a banana teve que ser transportada, durante um dia, por mil quilômetros e foi ajeitada em bonitas pencas aos olhos do consumidor.

A conta apareceu instantaneamente na minha cabeça e obviamente não comprei a banana. Na feira, no dia seguinte, paguei um real e cinqüenta centavos o quilo. Muito mais justo, ainda assim, o dobro do preço que deveria ser pago na roça, porque o produtor também tem que ganhar o seu e vender sua banana a um preço mais justo, como setenta centavos.

Sim, a banana é o Brasil. O rico com muito, o pobre com pouco e o consumidor se colocando no seu lugar: compra o que pode e paga o que não pode.

08 janeiro 2010

Boris Casoy e o descaso depois do erro

Um ponto para o jornalismo em 2010! Ao menos o Boris Casoy revelou sua verdadeira moral e botou pra fora o pensamento ignorante que tenta esconder com sua pose de jornalista intelectual!

Veja bem, do Bóris Casoy eu não esperava nada. Não tomei um susto quando ouvi no youtube as palavras nojentas que saíram da sua boca. Nem fiquei surpresa com o pedido de desculpas medíocre. Chocada, mesmo, fiquei quando soube que o sindicato dos trabalhadores de limpeza urbana foi ridicularizado ao solicitar um posicionamento da emissora que emprega e paga muito bem aquele senhor de idade que está ficando caquético!

Vejam isso...

Carta aberta à população:
Garis de São Paulo são humilhados duas vezes. Não bastasse a frase desrespeitosa: “Que merda: dois lixeiros desejando felicidades do alto da suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho", captada pelo áudio aberto no encerramento de uma saudação de Feliz 2010 de garis e varredores, no dia 31 de Dezembro de 2009, na TV Bandeirantes, hoje (4/01/10), ao tentar entregar uma carta à Boris Casoy e à TV Bandeirantes, os diretores do Siemaco foram mais uma vez humilhados. Uma jornalista que se apresentou como Albertina e se disse chefe de redação não quis, sequer, assinar o protocolo de recebimento. Não autorizou, inclusive, que os diretores do Siemaco, o Sindicato dos Garis e Varredores, entrassem nas dependências da TV Bandeirantes.

Atitude que confirma que a desculpa de Boris Casoy não passou de uma formalidade e que prevalece o preconceito e o tratamento desrespeitoso com a categoria, com os seus representantes legais e com os trabalhadores e trabalhadoras da limpeza urbana de São Paulo. Por isso, publicamos esta “Carta aberta à população”, em busca de atitudes menos preconceituosas e para insistir na adoção de hábitos democráticos. Pois, os garis e varredores de São Paulo queriam provar para a TV Bandeirantes e para Boris Casoy que não aceitam a classificação desrespeitosa: “O mais baixo na escala do trabalho".
O preconceito e a afronta aos mínimos hábitos democráticos se confirmam pelas atitudes da TV Bandeirantes em não receber nossa carta de protesto e pelo tratamento desrespeitoso da jornalista Albertina, subordinada a Boris Casoy. Eis a íntegra da carta que tentamos entregar ao apresentador Boris Casoy e que fomos obrigados a protocolar na TV Bandeirantes, que também não nos recebeu:
“São Paulo, 4 de Janeiro de 2010

De: Sindicato dos Garis de São Paulo
Para: TV Bandeirantes e Boris Casoy
Fazemos questão de registrar, formalmente, nossa indignação com a frase do apresentador Boris Casoy, da TV Bandeirantes, no dia 31 de dezembro de 2009, quando afirmou: “Que merda: dois lixeiros desejando felicidades do alto da suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho". Não aceitamos as desculpas do apresentador, que foram meramente formais ao ser pego ao manifestar o que pensa e que, infelizmente, reforça o preconceito de vários setores da sociedade contra os trabalhadores garis e varredores, responsáveis pela limpeza da nossa Capital. O esforço que os trabalhadores e trabalhadoras fazem, apesar de enfrentarem atitudes preconceituosas como a expressa por Boris Casoy, muito nos orgulha pois sabemos que somos parte integrante da preservação da saúde pública de nossa querida São Paulo.
Moacyr Pereira, presidente do Siemaco-SP, Sindicato dos Garis e Varredores de São Paulo.”