
Passei o dia sem voz e foi bom parar de falar um pouco. Deixar ao vento somente as palavras necessárias. Mas agora, começo de noite, os dedos denunciam essa coisa de estar sem voz.
É que ontem foi o dia em que voltei à Praia Brava. Tão próxima e tão longe, há seis anos, na molecagem, na liberdade, na coragem dos vinte. Houve uma vez, ainda mais pra traz de minha vida, que fui com minha mãe e minha irmã. Nos encantamos nadando com a roupa do corpo naquela água azul de magia. E, se não é invenção de minha cabeça, estive por lá, ou por muito perto, com meu pai. Isso já deve fazer vinte anos. Atravessamos uma íngrime montanha e ela está lá.
Ontem apresentava novas formas e a mesma essência. Sua beleza ainda segue firme. Impossível não valorizar qualquer segundo nela. Mas está machucada pela atitude ignorante de todos nós. Essa praia encravada em um vale de mata-atlântica, com ondas fortes e perfeitas ainda é a pequenina surreal Praia Brava.
Minha voz embargou enquanto eu cantava na beira do mar e um plástico chegou boiando aos meus pés. Não deixe um plástico estregar tudo isso. Eu usaria meus últimos segundo de voz para gritar: Salvem os Oceanos!
Hey baby, entendo sua angústia e amo o jeito como você a expõe em teus escritos. Ver a Brava desse jeito é como ver alguém que amamos, alguém que faz parte da nossa história, sendo maltratado! Fale pela praia, fale por nós minha Jojozinha linda.
ResponderExcluirA essa hora sua voz já voltou, que os próximos motivos de perde-la sejam de alegria.
Beijos, te amo.