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17 março 2011

Toda essa terra


Foto= América Latina, por Google Earth

Andar por todos os lados. Cumprir o dia e seguir para um leste, pelo saber. Isso foi hoje, ontem, antes de ontem e o será amanhã. É precioso o vai e vem que leva a essa busca.

E o que será de meu norte, que nunca o vi hoje. São peles como essa e pelos escuros. Quantas são as cores até chegar lá. Pra lá no nordeste tem o quê, quem o fez, quem o faz. São perguntas, questões, defesas e o centro de tudo. Formular hipóteses e chegar a um plano infinito.

Pelo caminho, as veias do centro oeste. As corridas pelas caatingas e rios que rasgam a pele da terra. São formas de vida as veredas que abrem esses caminhos. Cortm a serra. É ou não é.

Não é e não é. Daqui debaixo se vê. Se olha admirado pra tudo isso que ainda temos. São mil olhos sabe-se lá com quais olhares. E esses agradecidos e satisfeitos, te querem cuidar.

08 março 2011

Viagem sobre o instinto - pensando o dia das mulheres


Imagem: Karmym - Markus Meier

Cada ser é responsável por um sentimento único sobre o universo.
Essa visão rege cada milésimo de ação. Desde o abraço até o enforcamento.
Isso explica, sob o ponto de vista individual, a existência do inconcebível.
O que um nunca faria, o outro se encarrega. E assim se forma o todo.

Mas para além das perspectivas individuais, existem as instintivas.
O instinto não é um sentimento, mas sim uma arma, um mecanismo de defesa e ação que se estabelece de diferentes formas em espécies, subespécies e grupos.
O instinto não é único como são os sentimentos, por mais que os sentimentos com relação aos instintos sejam individuais.

Assim, penso o instinto como um aspecto não individual. O instinto é grupal e aproxima os seres em busca de necessidades vitais. E divido a espécie humana em dois grupos: àqueles que se sensibilizam com mais força com os instintos femininos e àqueles que se sensibilizam com mais força com os instintos masculinos.

Não se trata de separar machos e fêmeas, homens e mulheres, mas de perceber as diferentes formas de se completar o todo, a partir dos instintos e da necessidade de encontrar o equilíbrio nessa relação natural.

06 março 2011

Pachamama



Estou com muita saudade de cair na estrada. Perder a vista por montanhas infinitas, ver a Terra me circular por todos os lados, caminhar sobre o chão e deixar o asfalto de lado. Ver Pachamama, Deusa Terra, a Terra que nos prove o que precisamos. Pachamama que dá sem pedir nada em troca, sem cobrar a conta.

O documentário Pachamama não matou minha vontade do rolê, mas me instigou a procurar logo por novos caminhos e reavivou memórias lindas da viagem que fizemos à Bolívia no fim de 2009. O filme documenta uma viagem de carro pela América Latina, daquelas que todo mundo, que gosta de estrada, já pensou em fazer com os amigos.

Eryk Rocha dirige e filma a passagem por paisagens e situações no Brasil, no Peru e na Bolívia, sensível ao momento histórico, social e político que envolve as três nações e o continente, no final da década de 2000. Os personagens que compõe o enredo são densos e retratam com fidelidade as diversas visões dos latino-americanos sobre a realidade social atual. Para quem gosta de visual de estrada e pensamentos sócio-políticos na América Latina, o documentário é uma ótima pedida.

Documentário: Pachamama, de Eryk Rocha – Disponível para locação na 2001 da Paulista