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13 outubro 2010

Quando a velhice chega

Nesse feriadão, com dia das crianças, teve também reflexão sobre a velhice




Feriadão é tempo de mesa de bar e conversa fiada. Acontece que feriadão em época de eleição transforma mesa de bar em campo de batalha e fórum de discussão. Deve ter acontecido bastante por aí. Comigo aconteceu assim.

Eu cheguei na mesa da velha guarda e botei pra fora da boca a minha opinião. E não é que os velhos, aos quais tenho muito respeito, me vieram com um papo de “você é uma muleca que não sabe nada”. Ai, quem me conhece, sabe o nível da resposta. “Pois se sou muleca, tenho todo um futuro pela frente, me deixe escolher, que vocês já estão velhos”. Fez-se o silêncio. Teve quem ficasse magoado. Eu mesma pensei que não deveria ter tocado em um assunto tão delicado: a velhice.

Mas veja bem. Eles escolhem sempre os mesmos e as alegações são das mais estapafúrdias! Aborto, Zé Preto, Erenice, Estatização. A política é velha. Não no sentido de vivida e sim na direção do atraso. Quem ainda agüenta as mesmas caras, que não querem largar o osso. Chupinhas de impostos, distribuidores de propina.

A verdade é que não gosto de ninguém. Maior que o gosto é o desgosto. Mas o sistema está aí, e não vejo outra saída se não entrar no bicho e tentar mudá-lo, matá-lo ou inibi-lo, porque do jeito que está não dá. Uma vez Dilma eleita, que faça a reforma política, para renovar a discussão e nos livrar do martírio que é defender um voto hoje.

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