Menino no pau de sebo - São João de Mirorós (2008).
No começo, o
livre arbítrio insurge com quem nos cuida. Com o tempo, conquistam-se algumas
escolhas.
Mas a guerra
ainda é grande, com todos os condicionamentos que cercam uma mente em formação
fecunda.
Inda que o
tudo exerça uma pressão contínua, o instinto pessoal a toda hora se revela, às vezes
ferozmente, mas no passar das horas com sutileza.
São os
momentos de cada escolha. O que nos move ou nos estanca. Sementes, que depois
de longas jornadas encontram um chão, são as escolhas.
Por vezes,
frutificam àquelas que caem aos pés de sua própria planta. O que não implica na
redução da jornada. Acontece que o chão ao alcance às vezes não tem forças para
viver uma nova planta, e a semente ali vai esperar.
As sementes no chão são as escolhas. Que hora se colocam a brotar. “A gente colhe aquilo que a gente planta!”. E vive a primavera das escolhas.
As escolhas, depois de incubadas, tornam-se quadros reais. Felicidades, tristezas, inércias. A escolha é uma luta assumida, uma batalha ganha, outra perdida. A queda de braço e a divisão da medida.
O sentir é o tempo das escolhas. A saudade do que não se possui e a alegria do que se deleita. A vida no fim das estações.
Não é o fim
dos tempos, vem sempre e ainda um novo ciclo. Em espiral, tudo que se elegeu,
esteja em fruto ou em semente, faz o que vem depois do tempo, o tempo das novas
escolhas.
Linda poesia...
ResponderExcluirBjs.
Yara